terça-feira, agosto 23, 2011

Diz-me tu

 

Diz-me tu cruel medo derrotado pela espada fria. Sou cobarde? Sabeis o que é cobardia? Receio sentido, medo medonho, pesadelo vivido não pode ser sonho. Coragem perdida numa rua esquecida, perde-se tempo que devia ser vida. Solta-se a língua e diz-se de tudo, esquece-se a honra e finge-se mudo. Palavras que soam, ecoam e voam, caiem-me aos pés sem que me doam, solto o sorriso de dor remendado para que acreditem que estou magoado. Pobres criaturas de mantos sombrios, pesa-lhe a vida que corrói as entranhas, alimentam fastios escalando montanhas. Observo do alto onde jamais chegarão, perdem amigos, inventam logro e vendem a alma por meio tostão. Desprezo eu sinto do olhar afiado que nutre a mentira, odeia a verdade esquecendo que o tempo é o melhor aliado. 

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